A música faz parte da nossa vida das mais variadas maneiras. Na rádio e televisão, na Internet, em concertos ou até na rua, está sempre presente. E na história da humanidade não há nenhum povo que não tenha alguma forma de música presente na sua cultura, é algo transversal a todos, em todo o mundo. No entanto, ela também faz parte do dia-a-dia de maneiras das quais nem sempre nos damos conta.
        Tentemos primeiro definir música. É consensual dizer que consiste na repetição de algum tipo de som, de uma maneira organizada. Ou seja, de uma maneira primitiva, conseguimos reduzir a música a ritmo - um aspecto da música que usamos nos mais variados contextos, com diferentes propósitos.
        O ritmo está intimamente/inconscientemente ligado a nós. Por exemplo, o nosso coração bate com um ritmo mais ou menos constante. A nossa respiração obedece a uma certa cadência. Quando andamos, a nossa passada tem o seu ritmo. Se queremos chegar mais rápido a um sítio, aumentamos esse ritmo, e vice-versa.
        Até quando falamos nos aproveitamos do ritmo! Quer queiramos passar uma mensagem de tranquilidade ou de energia, o ritmo do nosso discurso tem de ser adequado ao propósito. E estamos assim, de certa maneira, a fazer música/participar num acto musical.
        Será então através de algo tão intimamente ligado a nós que mais facilmente conseguimos tomar parte activa a fazer música, tal e qual como a conhecemos tradicionalmente.
       Pondo um pouco de lado a aprendizagem de música da maneira mais "clássica" e colocando em prática apenas ritmo através de objectos normais do nosso quotidiano, estamos muitos passos mais perto de fazer música, e obter todos os benefícios que ela traz.